Demos alguns passos por duas quadras de mato e casinhas, e a cidade já havia acabado! A casa da pequena Manuela era a última da rua, bom, não havia nem rua, era uma trilha de terra, e sua casinha era a mais afastada das outras.
-Márcia, Márcia!! Temos visita!!! – gritava a jovenzinha entrando na casinha.
Fiquei lá fora a espera de um bom sinal.
Depois de alguns instantes, saiu a pequena e atrás uma moça.
-Olá^^. – falei sorrindo tentando parecer gentil – Sua, ela, a, .... Manuela disse que eu poderia vir e.... – eu não sabia o que dizer.
-Ola! Manuela me contou tudo, você será muito bem vinda nesta casa! Meu nome é Márcia, Manuela é minha irmãzinha.
-Muito prazer sou Aline^^. Agradeço imenso por me deixar ficar! Afinal, sou uma estranha pra vocês não é^^. – falei sorrindo.
-Não há muitos estranhos neste lugar. Todos conhecem a todos, quando aparece alguém, realmente é porque ou precisa de ajuda ou é louco o suficiente para vir pra cá. – respondeu Márcia – Entre, você precisa mesmo de um banho para tirar essa grama dos cabelos e a terra do corpo xD. – falou sorrindo.
-Hehehe, você leu minha mente! – respondi feliz entrando na casa dela.
Aquelas pessoas eram tão boas, e vivendo num lugar tão cinza e triste.
A casinha delas era pequenina, tinha duas poltronas e uma TV pequena, a cozinha era na sala também, tinha uma geladeira enferrujada e um fogão antigo. Os quartos eram no andar de cima.
Mostraram-me o banheiro, Márcia separou umas roupas para mim e eu mergulhei debaixo daquela água quentinha.
“Que maravilha!” pensava enquanto me esfregava.
Vesti as roupas de Márcia e desci para a sala onde ambas se encontravam.
-Olha Má ela ficou linda! Como você! – dizia a pequena Manu.
-Óh obrigada pequena! Mais minha beleza não chega aos pés da de sua irmã^^ Ela é a mais bela de todas!!! – respondia eu sorrindo.
-Oh parem meninas, estou corada xD. Venha Aline, tome esta sopa, preparamos especialmente para você. – dizia Márcia apontando ao prato.
-Sim, fui eu que fiz!!! – exclamou a pequenina contando vantagem.
-Huuumm está deliciosa!!! – falei provando.
-Manu, que tal você ir brincar com a Tina? Eu gostaria de falar com Aline meu anjo – disse Márcia.
-Tá bem Má. Até mais Aline^^. – e foi ela para o fundo da casa.
-Quem é Tina? – perguntei.
-É nossa cachorrinha^^. Manu ama ela mais que tudo na vida hehe.
-Ai que gracinha. Mais, o que queria conversar comigo? – perguntei curiosa.
-Ah eu queria perguntar, como uma moça tão carismática veio parar num lugar terrível como esse?
-Bem, é uma longa história heheh. – respondi sem saber por onde começar.
-Nós daqui do interior gostamos de histórias. – falou ela como quem quisesse que eu contasse tudo.
-Tudo bem, então, eu conto hehe.
E ficamos conversando o dia todo, contei a ela todos os detalhes, desde a chegada a pousada até a fuja pela floresta. E depois de muito contar ela finalmente falou.
-Nossa! Você poderia escrever um livro! Hehehe, eu não agüentaria passar por isso tudo.
-Pois é... não sei como agüentei.
-eu sinto muito pelo seu... namorado... – suspirou Márcia – Se eu soubesse antes teria separado uma roupa preta.
-Ah imagina está tudo bem... – falei triste.
-Bem, vou deixar um conjunto preto para seu luto no quarto, você pode dormir no meu quarto está bem^^. Preciso ir trocar alguns mantimentos por outros que precisamos, ficará bem, qualquer coisa, manu está no quintal. – disse ela, pegou uma sacola e saiu.
Resolvi ir até o quintal para ver a tal cachorrinha de manu.
Quando cheguei lá, ual que surpresa! Havia uma cachorra deitada e uns cinco cãezinhos pulando e correndo pelo quintal.
-Oh mais que coisa fofa!!! – exclamei vendo aqueles pontinhos coloridos no chão.
-Não são lindos? – falou Manu.
-São sim! Muito!!! São todos seu? – perguntei.
-Sim, achamos a Tina na rua, ela estava com vermes e a patinha quebrada, um garoto atirava cacos de vidro nela. Eu a salvei, e ela teve filhotinhos semana passada^^. – dizia Manu toda feliz.
-Ual então você é uma verdadeira heroína! Tina deve te agradecer pelo resto da vida ^^. – falei deixando-a ainda mais sorridente.
-Quando você for embora você pode levar um filhotinho se quiser^^ - disse Manu.
-Ah verdade? Quero muito! Vai ser uma enorme lembrança de vocês. – falei.
Fiquei brincando com os cãezinhos até que Márcia chegou.
-Aline, venha aqui por favor. – falou ela.
-Já vou! Manu, já volto ta. – levantei-me e segui até onde Márcia estava.
Ela estava na parte da frente da casa com um homem, muito bonito e de aparência pompa, que me olhava de cima a baixo.
-Aline, quero que conheça o Sr. Ritter, ele tem um carro que pode leva-la a sua cidade. – disse Márcia.
-Óh!! Que ótimo! Muito prazer Sr.Ritter! –falei cumprimentando-o.
-Tony, Tony Ritter ao seu dispor senhorita. – disse beijando minha mão.
-Uuu hihihi obrigada^^” – falei sem jeito pelo beijo na mão. (coisa tão antiga, os homens de hoje em dia não fazem mais isso rs)
-Venham, entrem, vou fazer um chá quente. – disse Márcia.
Entramos, ela fez um chá maravilhoso de chocolate com chantili, enquanto o Sr. Ritter e eu conversávamos a respeito da minha viagem.
-Então, quando o senhor pode levar-me até Sant Angel? – perguntei.
-Sant Angel? Não sabia que era pra um lugar tão longe... Bom, vejamos, poderei leva-la em dois dias. – respondeu o homem.
-Dois dias? Amm, tudo bem, ainda bem que estou num lugar bom heheh. – respondi – Agradeço pela sua ajuda Sr.Ritter, o senhor é um bom homem – falei.
-Hehehe, é difícil encontrar pessoas boas por aqui madame, ainda bem que encontrou a jovem Manuela, ela é uma dádiva! – disse ele – Bom, já é tarde e eu devo retirar-me, conlicença senhoritas, até mais tarde, em dois dias, eu volto para lhe tomar Aline. Até logo. – dito isso, levantou-se e saiu da casa.
-É impressão minha ou você e o Tony... me entende? – perguntei sorrindo.
-Hahaha, não, não... Tony é um homem de negócios, ele não se interessaria por uma dona de casa sem família e herança. – respondeu corada.
-Aham, sei... Mais você pelo jeito é caidinha por ele hein? – provoquei-a.
-Oh pare Aline, pare... O que ele veria em mim? Uma mulher de 25 anos, com uma irmãzinha doente pra cuidar, uma casa caindo aos pedaços e sem dinheiro algum?
-Não, talvez ele visse uma mulher linda dos cabelos cacheados, do coração bondoso e da enorme vontade de amar o próximo – respondi.
-Acho que não... Vou me deitar Aline, boa noite. – falou e subiu pro quarto.
Resolvi subir e dormir também. Amanhã seria mais um dia para explorar esse lugar tão interessante.
No dia seguinte, levantei-me tão feliz por estar viva e num lugar com boas pessoas...
Desci, Márcia estava preparando o café enquanto Manu brincava com um ursinho velho na varanda.
-Bom dia! – falei feliz.
-Bom dia Aline! Veja, tem omelete pro café ^^ - falou Márcia.
-Huumm! O cheirinho está ótimo!!! – falei sentando-me pra comer aquela apetitosa omelete.
-Má! – falou Manu entrando pra dentro rapidinho – Tem dois homens muito estranhos lá fora! – exclamou espantada.
-Dois homens? – surpreendi-me rapidamente meu coração disparou.
Fomos olhar na janela, e eram dois dos homens quem haviam me seqüestrado!!!
-Ah meu Deus!!!! – exclamei – são ele! Eles que me raptaram Márcia!!! O que faço? – perguntava eu aflita.
-Nossa! E agora? Aiii deixa eu ver... já sei! Vamos mudar você!!!! – falou me levando pro andar de cima – Manu, não saia lá fora!
Fomos pro quarto dela e ela disse “senta aqui”, apontando um banquinho próximo a uma penteadeira.
-Vai fazer o que? – perguntei.
-óra, vou mudar seu visual, a não ser que você não queira.
-Não, não, tudo bem, pode mudar! Eu não quero que eles me reconheçam!!!
E ela começou....
Corta daqui, pinta dali, penteia, alisa, e lava de novo, e faz isso aquilo....
Depois de um tempo ela disse – Pronto! Minha obra prima está pronta!
-Posso olhar? – perguntei muito curiosa.
-Claro! – Ela retirou um pano que havia colocado sobre o espelho pra eu não ver como estava ficando, e quando ela tirou que surpresa!!!!!
-Meu pai do céu!!! Essa sou eu mesmo? Nossa ficou incrível, Márcia obrigada!!! Eles nunca vão me reconhecer!!!
Márcia havia pintado meu cabelo de loiro!!! E feito cachos.
-Eu não em reconheço xD – dizia eu rindo pro meu próprio reflexo.
-Você está linda! – falava ela olhando-me com satisfação pelo seu trabalho – Eles nunca vão saber que é você!
-Mais eles podem achar mesmo que eu me disfarcei!!! – falei.
-Querida, nessa cidade ninguém nem se lembra que existe tinta pra cabelo! As pessoas aqui não compram isso, se você perguntar é capaz de nem saberem o que é! Mesmo assim é melhor que fique aqui dentro, não corra o risco de eles te verem. – respondeu ela.
-Ah concerteza né, não vou sair daqui a não ser para entrar no carro que vai me levar pra casa. – respondi segura – Eu gostaria de fazer uma ligação você não sabe onde tem um telefone?
-Telefone tem em todas as casas, só não temos linha! Não há rede telefônica nessa cidade, a mais próxima seria Belavista que fica a cinco dias daqui. – respondeu.
-Caraca! Amiga não sei como consegue viver aqui. – falei surpreendida.
-Depois de um tempo você se acostuma^^. Vou ver se manu está lá embaixo. - falou saindo do quarto.
-Ta. Obrigada de novo! - agradeci.
Eu ficava me admirando no espelho. Como eu poderia ter mudado tanto assim xD.
Eu mal me reconhecia, se minhas amigas me vissem agora chutariam meu traseiro e diriam “você não é a Aly!”
-Nossa! Com tanta agitação, me esqueci totalmente da pousada! Será que notaram minha ausência? E Diego como será que esta? Meu Deus e se os bandidos o machucaram?! Eu preciso vê-lo, quer que esta bem, eu preciso fazer algo a respeito!!! – dizia eu ao vento – Ai minha nossa senhora e Rodrigo? Larguei-o morto no chão e não pude fazer nada – falava começando a chorar – eu estou viúva ao 18 anos!!! Eu perdi meu namorado, e ainda não consigo acreditar nisso! Pior! Como vou voltar lá para enterrá-lo sendo que mal me lembro o caminho? Pior ainda! Os ladrões já devem ter enterrado e eu nunca vou saber onde ele está! Não vou poder levar flores e nem ressentir por ele em seu tumulo! Ó Deus o que mais vai tirar de mim? – nisso entra Manu, que estava prestando atenção em minhas palavras e espantada chegou perguntando:
-Aline você tem quantos anos?
-Oh Manu, não a tinha visto, bem... eu tenho dezoito, por que?
-Então você não pode ser viúva! – falava ela.
-E por que não moçinha?
-Porque as viúvas são todas velhas, e você não é velha!
-Sim, mais as vezes acontece de perdemos quem amamos mais cedo do que esperávamos...
-Então eu posso perder a Má mais cedo? – falou assustada com minhas palavras.
As vezes, devemos mentir para não causar sofrimento, desilusão ou desespero pra uma criança, igual quando elas perguntam se papai noel existe, dizemos que sim para não faze-las pensar que tudo é horrível no mundo real.
-Não meu anjo! Má irá ficar com você atééééééééééééééé vocês duas ficarem velinhas e cheias de rugas heheh – falei sorrindo.
-Ufa! Isso é bom! Porque eu amo ela! Sabia que vamos morrer juntas?
-Sério? Como? – a mente da guria era fértil ^^.
-Bem, uma vez, quando eu fiquei no hospital, me espetaram com agulhas! E eu ouvi o médico dizer que não tínhamos muita esperança, mais não sei o que ele quis dizer com isso porque esperança é a ultima que morre! E a Má me fez uma promessa!
-E que promessa seria Manu? – perguntei curiosa.
-Ela disse que aconteça o que acontecer, estaremos sempre juntas e ela disse que iremos pro céu juntas! – dizia toda segura de si.
-Isso mesmo! Sua irmã tem razão. Vocês tem que ficar juntas para sempre^^.
-Agora eu vou descer porque ta na hora “Das Aventuras de Tomy & Jefrey!”. Tchau Aline. – falou sorrindo e seguindo pro andar debaixo.
-Tchau Manu^^. – respondi sorrindo, pra uma menininha daquela idade ela até que tinha bons pensamentos!
Já estavam ficando noite, quando fui chamada na embaixo.
Desci rapidinho e era o Sr. Ritter que estava lá.
-Manu você pode nos dar licença? – disse Márcia.
-Aahh mais ta passando meu desenho Má =. – resmungou.
-Por favor minha vida, já já você volta^^.
-Ta bom ¬¬ - falou resmungando e indo pro quarto.
Tony olhou-me com espanto e disse – Mais uma querendo carona para a cidade?
-Hahaha não Tony, é a Aline. – falou Márcia rindo.
-Aline? Pensei que fosse morena mais acho que estou velho! – falou enfatizando.
-O senhor acertou, eu sou, ou melhor, era morena, mais pintei hoje, Márcia que fez este ótimo trabalho! – falei sorrindo enquanto sentava-me numa das poltronas.
-Bem Aline, o Sr. Tony veio aqui para dizer que seu carro já está pronto e que amanhã cedo você já pode ir pra sua cidade. – falou Márcia.
-Eu achei que era eu quem deveria dar essa notícia Márcia! – falou Tony rindo.
-Ohhh mais que ótima notícia!! Obrigada Sr. Tony! Muito obrigada!!! – falei mais que feliz.
-Meu ajudante irá conosco para trocarmos de turno. – disse Tony.
-Trocar de turno? Não entendi. – indaguei.
-É que, de Issolar até Sant Angel, são dois dias se viagem, então, preciso de um ajudante para dirigir quando eu ficar cansado e vise versa. – respondeu Tony.
-Aaaahh tah ^^. – falei sorrindo. – gente, estou meio cansada e com dor de cabeça, se importam se eu subir?
-Não imagine Aline! Tenha bons sonhos e esteja pronta amanhã as 7. – falou Tony.
-Está bem, vou estar, eu ia dizer “vou arrumar as malas” mais esqueci que estou perdida e não tenho nada xD – falei rindo. – Boa noite gente.
Deixei os dois lá embaixo de propósito! Eu vi que Márcia estava afim de Tony, só não sabia sobre ele. Mais vamos ver se sozinhos eles se ajeitam hehe.
Fiquei ouvindo a conversa da escada.
-Márcia eu... – dizia Tony. – agora que estamos a sós eu queria dizer...
-Tony por favor... Manu pode chegar a qualquer momento... – dizia Márcia.
-Quando vamos assumir o nosso amor então? – O.O Ele disse “nosso amor”?
-Eu não seu se Manu aprovaria, ela iria dizer que eu estaria trocando ela por você.
-Márcia, Manu é uma criança linda e inteligente! Ela te ama e vai entender que nós nos amamos! E se me deixar assumir isso para o mundo, prometo que darei carinho e atenção como um pai a ela!
Que lindo gente! Os dois se amam mesmo!!! Eu bem que adivinhei haha!
Nessa hora eu nem consegui ouvir mais nada, estava com tanto sono que resolvi ir me deitar.
(espero que estejam gostand galera, estou fazendo o possivel e o impossivel pra fazer a historia continuar!!!! Com o apoio de vocês ela irá até o fim!!! Obrigada pela força Soraia, Diego e Mike, amo vocês!!!)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
AVISO IMPORTANTISSIMO!!!
GALERA, INFELIZMENTE POR MOTIVOS DE FORÇA MAIOR, NÃO TENHO MAIS INTERNET EM CASA, O QUE VAI DIFICULTAR MINHA VINDA AO ORKUT, ME PERDOEM, MAIS EU FICAREI AUSENTE POR UM TEMPO INDETERMINADO.
A história terá que ser parada por um tempo também indeterminado, porque meu acho que meu avô irá vender o computador, onde tem o jogo e meus dados, tudo, bom, meus dados eu passo pra um dvd mais sem o jogo, vai fciar dificil as fotos...
Se quiserem que eu continue a história mais sem gravuras, vou ficar muito feliz por saber que estão curtindo mesmo!!!
Então, deixem um comentário dizendo se querem que a história continue mesmo sem fotos, e assim sempre que eu conseguir ir numa lan house, estarei atualizando...
Do contrario, eu terei de parar a história para sempre =/ Ou até eu ter um pc com o jogo novamente!
ESPERANDO QUE ENTENDAM, UM BEIJO ENORME... ALY~~♥
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Parte 3 – O desespero!
Mike passeava com Gabi pela rua quando encontra Diego largado no chão todo machucado.
-Caraca Diegão!!!! – exclamou ele correndo – Que que aconteceu velho!? – perguntou correndo até ele.
-Ai minha cabeça! Aly? Aly? Levaram a Aly!!!!! – era a única coisa que Diego conseguia dizer no momento.
-Quem levou a Aly cara?
-Uns caras de preto!!!! Eles nos agrediram, bateram nela com um pedaço de pau, ela desmaiou, eu fui tentar defender mais acabei apanhando!!!
-Aiii vou avisar as meninas!! – exclamou Gabi correndo pra dentro da pousada.
-E agora? – perguntou Mike sem saber o que fazer.
-Não sei cara, não sei!!! Temos que avisar a família dela! Temos que chamar a polícia!! Rápido liga pra polícia!!!! – gritava Diego desesperado.
-Beleza! Beleza! To indo! Mais e você, ta tudo bem? – perguntou preocupado.
-Eu to bem cara, pega logo a droga do telefone meu!!!!! – falava ele caindo de raiva por não ter conseguido defender-me.
Enquanto isso no cativeiro...
Eu estava demasiada surpresa! Como um ladrão, homem cruel e terrível poderia conhecer-me? Se ao menos eu fosse famosa! Mais nunca saí nem no jornal da escola.... rs.
-Você me conhece? – falei tentando ver o rosto do homem, mais estava difícil, a luz era mínima.
O homem saiu indignado, muito, muito irado da jaula enquanto um dos seus escravos trancava-me novamente e outro o seguia pra saber o que havia acontecido.
Da outra sala pude ouvir os gritos.
“Como vocês me trazem logo ela!!!!!!”, “Tantas garotas e vocês raptam justo ela!!!!!!!”, “o que vocês tem na cabeça, merda?!” – ouviu o tal chefe gritar.
“Não delira não chefe, trouxemos uma garota não trouxemos? Agora só pedir resgate!!!”, “Isso não está apenas nas suas mãos, você também cumpre ordens!!!!” – ouvia um dos escravos gritar.
Então ele voltou e disse ao homem que jogava – Deixe-a ai. Pela manhã voltarei com instruções do que fazer, e se você tocar em ao menos um fio de cabelo dela, será teu dedo que enviaremos como prova! – e saiu da casa.
-Teu dedo? Como assim teu dedo? – perguntei apavorada.
-Simples gatinha, vamos pedir o resgate por você, e se demorarem a mandar a grana, mandamos uma parte de você pra saberem que falamos sério hahahaha! – respondeu o das cartas.
Pronto! Eu estava perdida! Que parte de mim iriam arrancar? Os olhos? Uma perna ou um braço??? Essas pessoas fazem tudo por dinheiro... O que leva alguém a pensar que pode fazer algo tão vil e cruel?!
Lá estava eu, tentando relaxar naquele chão frio, vento forte que entrava pela porta e janelas, meu único pensamento era se eu iria sair viva daquele lugar.
Eu tinha tanto medo, de não encontrar mais minha família, meus amigos, meu namorado... e Diego... Ele não me saia da mente, “como será que ele está agora?” pensava eu.
De repente ouvi um barulho, olhei pra trás e havia um homem entrando na sala.
O homem que estava de plantão estava dormindo e nem o viu.
Só havia um homem ali, os outros estavam descansando para entrarem em
O homem que estava de plantão estava dormindo e nem o viu.
Só havia um homem ali, os outros estavam descansando para entrarem em
Comecei a rezar todo tipo de oração que sabia, minhas mãos tremiam feito vara verde, eu tossia, estava começando a me adoentar com a brisa gelada.
Ele se aproximou da jaula, e eu bem quieta, ele me olhou nos olhos e sussurrou “eu vou te tirar daqui”.
Caminhou vagarosamente até a jaula e abriu-a coma chave extra que tinha.
outro turno. Depois que abriu, ele entrou e tentou me abraçar.
outro turno. Depois que abriu, ele entrou e tentou me abraçar.
-Quem é você? – falei esqueviando-me de seu abraço.
-Não me reconhece não é =/... – falou tristemente.
-Deveria? – questionei.
-E meu sonho era estudar oceanografia... – falou desanimado.
- RODRIGO? – perguntei espantadíssima! (era a única pessoa que eu sabia que queria estudar oceanografia)
-Eu sabia que você lembraria! – falou sorrindo.
-Como assim? O que você faz aqui!!!!!! Ta doido? Eu não estou entendendo nada!!! – falava eu quase gritando.
-Quero que me explique porque está envolvido nisso!!!!!
-É uma longa história meu amor, Marcelo também está envolvido nisso, cuidado com ele, preciso que fuja o mais rápido possível agora!
-Ei o que está acontecendo aqui??? – gritou o homem despertando.
Eu saí correndo da jaula e o homem segurou-me pela perna e eu caí!
Rodrigo avançou no cara e deu-lhe um soco na fuça!
-Levanta Aly, corre!!!!! – gritava ele.
-Eu corri o máximo que pude, até conseguir sair da casa, em meio a uma floresta!
-Fuja Aly, não olhe para trás! Fuja! – gritava desesperado.
-Venha comigo! Saia dessa vida!!!! Por favor! – suplicava.
-Não posso, se eu fugir eles matam minha família!!!!
-Mais eu não vou deixa-lo sozinho aqui, eles é que vão te matar!!!!! - gritava eu.
-Aly cala essa boca e foge logo droga!!!!! - ele nucna havia falado dessa maneira comigo.
Quando pensei em entrar em fúria pela maneira como ele falou comigo,
-Mais eu não vou deixa-lo sozinho aqui, eles é que vão te matar!!!!! - gritava eu.
-Aly cala essa boca e foge logo droga!!!!! - ele nucna havia falado dessa maneira comigo.
Quando pensei em entrar em fúria pela maneira como ele falou comigo,
o homem que havia sido golpeado na cabeça estava na porta, estava xingando tudo e todos, irado, furioso, seus olhos, sua face expressavam uma raiva inimiaginavel!
Num golpe rápido, o homem sacou uma arma e atirou em Rodrigo!
Num golpe rápido, o homem sacou uma arma e atirou em Rodrigo!
Rodrigo havia sido baleado e caia em camera lenta perante meus pés.
O homem então percebeu que estava sem balas e fugiu para chamar reforço!
Eu ajoelhada no chão com Rodrigo em meus braços, chorava feito louca enquanto tentava acorda-lo – Rodrigo! Rodrigo! Por favor fale comigo!!! Não morra! Meu amor eu te amo!!!!!
Então, ele abriu os olhos e murmurou – Aly, você o meu bem mais precioso, por favor perdoe minha irresponsabilidade...
-Não faça força amor, eu vou achar ajuda e você vai ficar bem!!!!
-Não Aly... é tarde.... eu... te........ amo........ – e adormeceu em sono profundo e terno...
-NÃÃÃÃÃÃÃOOOO!!!!!!!! – gritei – NÃO! ACORDA! ACORDA!!!!!! RODRIGOOOOOOO!!!!
Olhei a frente e avistei alguns homens correndo, seria os capangas vindo em pegar? Tentei arrastar Rodrigo comigo, não podia deixar seu corpo.... Mais não conseguia, ele era muito pesado.
Olhava pra trás de relance e via os homens em torno de Rodrigo, eles olhavam pros lados mais não me viam, pois eu já estava longe e com tantas árvores mal dava para vê-los.
Estava já muito cansada, com fome, exausta de tanto andar e não chegar a ponto nenhum.Parei próximo a um riacho, começei a chorar pensando em Rodrigo.
Minha mente queria explodir... Meu coração estava tão apertado que parecia uma ameixa, doía pensar que meu namorado havia falecido em meus braços e por culpa minha! Se eu não tivesse gritado com ele exigindo explicações numa hora tão inconveniente ele poderia ainda estar vivo!
Já muito cansada, avistei o que parecia ser um muro!
-Graças a Deus! – exclamei fraca.
Arrastei-me até aquela parede de tijolos muito antiga, até encontrar uma entrada. Dentro parecia ser uma casa antiga já abandonada a muito.
Havia muitas folhas, o teto da casa já tinha sido quase todo destruído pelas árvores que cresceram ali dentro, não havia janelas e luz, só a do luar.
Havia ainda um sofá! Verdadeiramente velho, já estava se desmaterializando, haveria ninho de animais dentro dele concerteza! Nem cheguei perto, olhei também tinha algo parecido com uma mesinha, de madeira toda cheia de musgo, com uma estatueta de ave em cima, também não ousei toca-la.
Deitei no chão sob as folhas e caí no sono. Sonhei com Rodrigo, que ele ainda estava vivo e que havíamos nos casado, sonhei que tivemos filhos, e uma casinha branca com janelas vermelhas...
Despertei quando os pássaros começaram a cantar, já era manhã, minha barriga roncava tanto que poderia confundir com o som de um urso!
Olhei as árvores lá dentro, havia algumas frutinhas, mais eu não poderia come-las, se fossem venenosas eu morreria!
Então saí da casa, bem devagar e olhando para todos os lados, pois aqueles homens terríveis poderiam estar a minha procura durante a noite.
Corri em direção a elas como se fosse uma naufraga que a muito não via terra firme. Eu estava toda suja, com a roupa rasgada, meu cabelo infestado de grama e gravetos.
Avistei um bar, entrei correndo e pedi um copo d’água bem cheio.
-Por favor posso usar seu telefone? – perguntei ao moço do bar.
-Telefones são só para funcionários! – falou grosso.
-Mais eu estou perdida e... – fui interrompida com um tom autoritário – Telefones SÓ PARA FUNDIONARIOS!!!!! Se não vai comprar nada saia do meu bar!
-Ok desculpe-me! – falei inconformada com a falta de educação.
Saí do bar, e olhei ao redor, só tinham casinhas e mais árvores, parecia uma cidade no interior.
“Suponho estar em Belavista” pensei, mais logo vi uma placa dizendo “Bem vindo a Issolar”.
-Issolar? Que lugar é esse que eu nunca ouvi falar na vida? – falei espantada.
Levei as mãos a cabeça e pirei. Além de estar perdida, estava sozinha, com as roupas fatiadas, sem tomar banho, com gravetos no cabelo, viúva aos 18 anos...
-O que já aconteceu? – perguntou uma menininha.
-Oh! Oi pequena^^. Eu a assustei? – perguntei para a jovem.
-Não não, estou acostumada a ver muitos loucos nesse lugar ^^. – falou sorridente.
-Desculpe pequena, mais que lugar exatamente é esse?
-Aqui é Issolar^^ Não viu a placa? – falou apontando a placa ao meu lado.
-Não chega a ser uma cidade moça, é mais pra uma vila deixava por Deus. – disse a pequena.
-Como assim? – perguntei atônita.
-Aqui já foi um lugar bonito, mais o prefeito nos abandonou e roubou nossos impostos, as pessoas foram se mudando e agora tudo que temos fomos nós mesmo que cultivamos. Aqui não tem leis nem regras. Deus nos abandonou – falou a pequena com os olhos cheios d’água.
-Ora não diga isso... Deus não abandona ninguém, ele apenas da uma cochilada de vez em quando – tentei anima-la.
-Eu estou perdida... – falei a ela – Eu tinha sido vítima de um acontecido terrível, e ao escapar, me perdi da minha família...
-Você está horrível! Sabia que tem mato no seu cabelo? – falou apontando minha cabeça.
-Hehehe eu sei, estou tentando achar um lugar para ficar mais só encontrei pessoas rudes até agora.
-Ahh você falou com o tio Sanches – falou a pequena.
-Tio Sanches? – questionei.
-O dono do bar. Ele é agressivo xD. – falava ela.
-É, ele é... – falei rindo.
-Você podia vir a minha casa! – falou ela – Lá tem água quente, comida e roupa limpa! Da minha irmã!
-Eu me chamo Manuela! Venha comigo. – falou ela saindo andando e eu indo atrás.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Parte 2 – Um infortúnio demente!!!
Diego e eu estávamos de pé conversando.
Diego olhava-me com um rostinho tão meigo, e eu não conseguia olhar pra ele, estava com vergonha depois de tudo que havia o chamado. (tenho nojo de você! Você é repugnante! Inseto asqueroso, pervertido, lembra? Rs).
-Aly... Primeiro de tudo, queria pedir desculpas por falar aquilo de você. Aquelas coisas, saíram, não que seja da boca pra fora, mais num momento errado e com as palavras erradas me entende.
Eu o apreciava mover os lábios para falar, enquanto ouvia-o falar...
O clima estava calmo, até que enquanto conversávamos, notei que nos locomovíamos, como uma dança clássica bem lenta.
-Eu não quis dizer que te pegava fácil, quis dizer que você me pegou fácil, porque, é difícil dizer isso mais, eu não sei o que houve comigo! Quando esbarrei em você na primeira vez que te vi, me encantei! Não sabia o que fazer, o que dizer, então eu me confundia, e com a Linda no caminho, ficava ainda pior tentar explicar o inexplicável...
Olhei pra ele e disse – o que seria inexplicável Diego?
-O inexplicável é que eu te amo! E tentar entender de onde veio esse amor que sinto isso é inexplicável!
Ual! Que choque!!!!Eu ouvi bem, ele disse as palavrinhas mágicas? “Eu te amo”? Foi isso mesmo?
-Er... ual... estou.... sem palavras... Eu não esperava ouvir isso de você... – respondi quase gaguejando.
-A é, porque? – perguntou surpreso.
-Ah sei lá, achei que você só quisesse, desculpe falar mais, só se aproveitar de mim, você tinha uma namorada linda, uma vida boa, eu só entrei de bicão no meio disso tudo, se eu não tivesse aparecido você ainda estaria com ela... – respondi sem jeito.
-É ai que está a razão... Você apareceu! E me fez ver que tudo que eu vivia com a Linda, é pura falsidade, ela não me amava só estava comigo porque eu sou “popular” e meu pai tem muita grana.
-Mais um motivo pra eu odiar ela... interesseira.... – falei rindo.
-É, mais não vamos falar nela agora e estragar o clima não é? – falou ele.
-Mas... Diego... eu tenho namorado... – falei quebrando o momento romântico.
-Eu sei disso... é outro problema pra mim porque senão tivesse, eu não seria obrigado a fazer uma coisa... – falou.
-A fazer o que? – perguntei ingênua.
-Isso! – e me deu outro beijo!!!!
Dessa vez eu não tentei resistir, alguma cosia naquele lugar me fazia apreciar cada segundo e isso incluía os segundos nos lábios de Diego... Eu não consegui parar, tinha algo dentro de mim que me impulsionava a continuar beijando-o, mesmo sabendo que era errado.
Lá estávamos, Diego e eu nos beijando loucamente como se o mundo fosse acabar... Nem notamos uma presença perniciosa.
A festa bombando, som alto, todos no terraço menos Diego e eu, que estavamos conversando lá fora.
Estavamos tão no mundo da lua que não percebemos a presença de três homens estranhos vestidos de preto.
-Ah meu Deus!!!! – gritei.
POW! Levei uma paulada na cabeça e desmaiei.
-Seus desgraçados!!!! – gritou Diego tentando defender-me, mais por fim foi dominado por dois dos homens que deram-lhe socos na cara e depois jogaram-no ao chão e chutaram-lhe o estomago, deixando-o incapaz de segui-los.
-Tem certeza cara? – disse o outro.
-Cara pega qualquer uma!!! As minas daqui são todas cheias da grana, qualquer uma serve pra pedir resgata sacou mané? – respondeu rudemente o outro me pegando pela cintura.
Passaram-se horas para eu despertar daquilo que parecia ter sido um pesadelo.
Porém não era! Eu estava em cativeiro!
Num lugar assombroso. Terrível!
Algo parecido com uma cabana abandonada. Tinha uns trapos pendurados nas janelas, algumas cadeirinhas de madeira corroída e uma mesa mais que empoeirada. Teias de aranha, ratos, baratas, tudo tão nojento e asqueroso quanto um esgoto!
-O que aconteceu... – murmurei baixinho com a mão levada a testa.
-Meu Deus onde estou? – perguntava as paredes.
Olhei para um lado, um dos homens estava sentado numa cadeira, outro encostado na parede e mais outro jogando cartas.
-Veja! A mina acordou! – falou o que estava encostado na parede.
-Ela é gostosinha até hein cara! Falou o outro sentado na cadeira me olhando com ar de pervertido.
-É mais ninguém toca nela! – disse o das cartas – Senão o chefe nos mata! Ela tem que estar inteirinha pra quando forem pagar o resgate!
-É, mais dar uns tapas na cara pra dizer que ela sofreu seria bom hein! – falou o de pé.
-Talvez, mais só quando estivermos para libertá-la! Enquanto isso, ninguém sequer abre a jaula! – disse o das cartas direto e reto.
Meu Deus! Eles estavam achando que eu era rica!!! Mais porque?? O que fiz pra merecer isso?
Olhei para o dar cartas que estava próximo a grade e disse – O que vão fazer comigo? Porque me trouxeram aqui?
Ele respondeu coçando as partes intimas (coisa bem nojenta) – Ai gatinha, num se faz de besta não ta ligada!? Seu papai riquinho vai encher o nosso bolso! É um trabalho honesto hahahahahaha.
Que homem repulsivo! Aquele ambiente pavoroso me causava pânico! Despenquei em lágrimas e ajoelhei-me suplicando por piedade!!!!
-Cala boca! Ou arranco sua língua e envio a teus parentes como prova de que não estamos com brincadeiras!!!!
Levei a mão a boca com medo, calei-me na hora! Soluçava baixinho, eu não sabia do que aqueles homens eram capazes.
Um tempo passou, eu ali desesperada, por fora calma por dentro quase enfartando...
Eu me encolhi toda no canto da parede, de costas para todos, aqueles safados não paravam de me olhar como se quisessem me possuir feito cães.
-E como foi a nossa captura?! – disse uma voz vindo do caminho que dava a entrada da casa.
- O.O Chefe?! Achamos que o senhor chegaria só amanhã! – falou espantado o das cartas.
-Está ali chefe, como o senhor mandou! – apontou o que estava na parede.
Eu estava me escondendo o mais que podia, com medo de que me fizessem algo horrível.
-Ei você, vire-se! – falou o homem próximo a grade.
Eu estava com medo, de olhar pra ele, de falar com ele, acabei por não obedecer.
Eu permaneci em silêncio, não sei por que mais aquela voz me era reconhecível, só não estava aderindo à voz a pessoa.
-Me dê a chave! – falou irritado – Vou ver esse rostinho nem que tenha que amarra-la ao tronco!
Ele abriu a jaula rude e violentamente, pegou-me pelo braço e puxou-me para cima fazendo meu rosto ficar frente ao dele.
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