Parte 2 - Sobrevivendo aos ataques de ciúme da oxigenada!!!

Acordei ... Hora da aula! Eu estava exausta e não sabia o motivo.

Levantei-me e troquei-me, vesti algo mais natural, aquele vestido estava demasiado curto para um lugar cheio de jovens com hormônios a flor da pele rs. Desci para tomar café matinal.

Haviam pratos sobre as mesas para cada pessoa que se acomodasse em um devido lugar.

Caminhei em direção a uma mesa que parecia ser a única vazia, comendo aquele belo prato de panquecas com os olhos e escolhendo qual prato estava mais cheio para mim xD.

De repente eis que uma loirinha praticamente se joga na cadeira a frente e começa a rir.

-Conlicença moça mais eu ia me sentar ai – falei educadamente – Ah mais não vai mais! – respondeu grossa e curta – Por quê? – perguntei curiosa –

Porque essa não é mesa para perdedores!!! – Falou Linda chegando e se acomodando numa das cadeiras junto com mais duas garotas.
-Nossa gente eu não vou conseguir comer olhando pra essa coisa! - falou uma das garotas - Nem eu! Éca! - e riam de mim.

Fiquei totalmente sem graça ali... Todos olhando pra mim, e eu de pé feito besta do lado da mesa delas¬¬.

Foi quando ouvi alguém dizer “Hei Aline! Senta aqui ó!!!”

Virei-me e vi a mesa com a turma mais estranha que já tinha visto.

Uma garota dos cabelos negros, totalmente estilo “eu sou uma idiota”, uma outra garota do cabelo rosa (rosa O.o?) e com roupas totalmente extravagantes (piores que as minhas roupas de listras rs) e a única mais normal era a ruiva da blusa colorida u.u

Sentei-me, olhei pra elas meio espantada com sua aparências e tentei ser legal.

-Oi... Meninas... ^^” – falei sem jeito.

-Oi Aline! – falou a nerd do meu lado – Eu sou Laura!Essas são Elera e Marry. - “Elera”? De onde veio esse nome? – perguntei tentando puxar assunto. - Vem do interior da Malásia! – disse a dos longos rosa – Minha mãe mora lá! Ela sempre gostou da cultura de lá e acabou por se mudar pra lá. - Poxa que legal ^^ - respondi – Minha mãe está morando em România quase do outro lado do mundo =/ - é normal... Os pais gostam de se mudar... – falou a nerd tentando mostrar que estava a parte do assunto. E ficamos conversando sobre diversos assuntos.

Depois que acabamos de comer, fui pra aula, e ao sair deparei-me com um sujeito bem estranho, todo de preto, cabelo amarrado, parado na porta da república (será um ladrão inspecionando o terreno?) Passei e ele me disse “Oi moça bonita!”. Eu fiquei toda sem jeito e respondi um oi meio baixinho enquanto caminhava pro outro lado da calçada indo em direção a faculdade.

Voltei da aula, nossa é muito legal!!! Os professores tem muito interesse em ajudar e a turma é completamente maluca! Adorei a minha escola!

Cheguei e fui direto pro meu quarto, é melhor ficar no quarto o dia todo do que trombar com pessoas indesejáveis.

Deito-me para relaxar na cama e fiquei pensando no meu amorzinho e nas minahs amigas, e alguns instantes depois ouço alguém me chamar lá fora, parecia a voz da Marry.

Ela entrou no meu quarto falando – Vamos vamos vamos! Levantando desta cama moçinha! – como se tivesse intimidade para isto!

Olhei pra ela e falei – Calma ae to descansando... (que desculpa esfarrapada)

-Nem vem querida, eu sei que você está aqui para não ficar perto da Linda, vem, vamos descer lá em baixo a turma está toda lá!

-Ah Ma eu num to muito afim =/ - falei desanimada com o convite – Aaaahh você vai sim, vem, vamos lá a galera é legal, melhor do que ficar sozinha!

Afinal ela me convenceu! Percebi que não iria adiantar eu negar, e acabei descendo com ela.

Chegando lá embaixo, todos estavam lá, TODOS MESMO!

Parecia que todo mundo havia resolvido ficar naquele mesmo ambiente.

Sentei-me numa das cadeiras mais próximas a mim, e sem querer, acabei percebendo uma cena que de certa forma me incomodou.

Linda e Diego se agarravam no sofá como se fossem fazer sexo ali mesmo e parecia que todos achavam isso normal, afinal, é uma república! Ali todo mundo poderia ter liberdade pra fazer o que quisesse! Eu não agüentava olhar pros dois juntos, me dava uma sensação estranha e me desanimava mais ainda em ficar ali.

Olhei na mesa e que surpresa! Aquele cara estranho que havia me chamado de “moça bonita” estava sentado conosco!

Ele era de certa maneira estranho, talvez seja pela cicatriz no olho esquerdo, mais ao todo era bonito, tinha um charme diferente de todos os rapazes dali.

As turmas eram bem divididas, eu, Elera, Marry, Laura e o ‘estranho sem nome’ ficávamos num canto, e o “grupinho” dos populares ficavam colados no casal do sofá. Eram como seguidores fanáticos.

Não tinha muita graça ficar naquela mesa, as meninas só falavam de aulas, notas e tarefas, era muito chato! Do outro lado parecia ser mais divertido, os garotos jogando bola, os outros falando besteira e as patricinhas falando de assuntos femininos o tempo todo. Não que eu quisesse falar de assuntos femininos o tempo todo, mais a imagem de ser popular era legal, sentir a sensação que todos te amam e te adoram e dependem de você pra viver ali, era uma sensação que eu nunca experimentaria, não enquanto ficasse com aquela turma de esquisitos.

Linda se levantou e saíram andando com as “patys” atrás, quando ela notou minha presença, fez de tudo para me pirraçar.

Ela puxou Diego pela toca da jaqueta e agarrou ele com força, e lascou um beijo enorme nele! Nessa hora eu senti uma sensação mais estranha ainda, o que não deveria por ter meu namorado, minha vida e não deveria mesmo ligar para os dois.

Tem a frase “cortar o mau pela raiz”, foi o que eu fiz, me retirei dali para não ter que aturar aquelas cenas que me faziam mal.

Foi quando estava me afastando que ouvi Diego dizer – O que deu em você Linda? Já disse que odeio que me agarre dessa maneira! Qual seu problema? Deixa de ciúme besta!

Não sei se ele viu minha reação sobre a cena ou algo do tipo, só sei que ele se virou e ficou olhando pra mim como se estivesse preocupado com o que eu sentira naquele momento. Linda ficou morrendo de ciúme só pela cara dela rs.

Fui pra outra sala. A qual era uma sala de jogos, tinha TV, games e alguns passatempo.

Sentei em qualquer poltrona que estava frente, não conseguia entender, porque aquela sensação tomava conta de mim? Aquilo não era normal, eu tinha de esquece-los, senão acabaria por ficar louca!

Quando olho, o estranho sem nome se aproximava de mim.

-Posso me sentar aqui? – perguntou educadamente.

-Claro, sinta-se a vontade... – respondi.

Ele olhou pra mim com um jeitinho meigo e falou:

-Que se passa com você moça bonita? Parece estar tão distante.

-Não sei... Acho que ainda não me acostumei com essa casa – respondi, eu não ia falar o real motivo a um qualquer. -Ora mais não fique assim, eu também estava me sentindo meio deslocado, mais como minha prima também está morando aqui eu me sinto melhor.

-Qual seu nome? – perguntei curiosa – Bruno – respondeu com um sorriso – Eu sou Aline. – concluí.

-E quem é sua prima? – perguntei outra vez – É a Elera. Acho que já se conhecem não é. – falou. – Ah ela! É vocês se parecem um pouquinho hehe. – falei sorrindo – Que nada, ela é a maior louca varrida, eu sou mais de boa. – respondeu sorrindo.

-Bom, eu estou cansada, vou dormir, boa noite Bruno.

-Boa noite Aline.